Janeiro roxo
SES alerta para importância de diagnóstico e tratamento de hanseníase
Apesar de ser crônica e transmissível, doença tem cura e pode ser tratada gratuitamente pelo SUS
Saúde | 10 de Janeiro de 2024 as 07h 30min
Fonte: Fernanda Nazário | SES-MT

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) alerta a população para a importância do tratamento contra a hanseníase. A doença é crônica e transmissível, mas tem cura e pode ser tratada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), nas Unidades Básicas de Saúde ou unidades especializadas da SES, que atendem os casos com resistência medicamentosa e/ou com incapacidades físicas.
Mato Grosso detém as maiores taxas de detecção de hanseníase do país e, por esse motivo, é reconhecido como hiperendêmico. Conforme o secretário de Estado de Saúde em exercício, Juliano Melo, o Estado está empenhado em uma política ativa de detecção de novos casos.
“Diagnosticando muito e, por isso, nós realmente teremos muitos casos, mas trabalhamos para o tratamento imediato desses novos casos, de forma a evitar a transmissibilidade e também o agravamento”, disse o gestor.
Em Mato Grosso, foram diagnosticados 2.507 casos de hanseníase em 2020; 2.106 em 2021; 2.375 em 2022 e dados parciais de 2023 apontam para 4.212 casos. A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Alessandra Moraes, aproveitou a campanha nacional do Janeiro Roxo – que visa o combate à hanseníase - para alertar as pessoas sobre os sinais e sintomas da doença.
“É importante procurar um atendimento médico se forem identificadas manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica ao calor e frio, ao tato e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas”, explicou.
Também são sintomas da hanseníase áreas com diminuição dos pelos e do suor; dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas; inchaço de mãos e pés; diminuição da sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos; úlceras de pernas e pés; caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos; febre, edemas e dor nas articulações; entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz e nos olhos.
“Se a pessoa identificou algum desses sintomas, é importante não ficar com medo ou vergonha de procurar uma unidade de saúde. O diagnóstico tardio pode causar lesões neurais, acarretando um alto poder de incapacidade física. Já o diagnóstico ágil acelera a cura da doença”, lembrou Alessandra.
Inicialmente, as Unidades Básicas de Saúde são responsáveis pelo diagnóstico e tratamento da hanseníase. Os pacientes com resistência medicamentosa e/ou com um quadro mais agudo da doença são encaminhados para o Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidades de Mato Grosso (Cermac), que é gerido pela SES. No local, o paciente é acompanhado por um dermatologista.
Já os casos de incapacidades físicas são direcionados para o Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (Cridac) da SES. Na unidade de saúde, os pacientes são acompanhados por uma equipe multidisciplinar.
Após o diagnóstico de um caso de hanseníase, todos aqueles que moram na mesma residência do paciente também fazem exames médicos. Aqueles que não forem diagnosticados com a doença passam por uma investigação dermatoneurológica, que é realizada uma vez ao ano, durante cinco anos, com o objetivo de descartar a possibilidade da transmissão – já que a enfermidade é silenciosa e, por ficar incubada, pode demorar para manifestar os sintomas.
Fortalecimento da rede
Além dos repasses financeiros convencionais que a SES realiza para manutenção dos serviços da Atenção Primária à Saúde dos municípios, o órgão estadual ainda transfere mensalmente o valor de R$ 10 mil para cada um dos municípios de Alta Floresta, Barra do Garças, Juara, Juína, Tangará da Serra e Várzea Grande manterem os Ambulatórios de Atenção Especializada Regionalizados (AAER), que dão suporte aos serviços voltados ao tratamento da hanseníase.
A Secretaria também capacitou, nos últimos dois anos, 2.750 profissionais do SUS que atendem pacientes com a doença no Estado. A SES, por meio da Escola de Saúde Pública de Mato Grosso (ESP-MT), já formou 20 médicos especialistas em hansenologia.
Neste ano, outros 20 médicos devem concluir a especialização ofertada pela Escola. A ESP-MT trabalha para formar um total de 200 profissionais da saúde, entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros, para o atendimento especializado e multidisciplinar da hanseníase.
Notícias dos Poderes
Médico opera brasileiro a 12 mil km de distância e entra para o Guinness
Procedimento quebrou o recorde de telecirurgia robótica de maior distância já registrada no mundo; o cirurgião operou diretamente do Kuwait, enquanto o paciente estava em Curitiba
23 de Outubro de 2025 as 11h07SES confirma primeira intoxicação por metanol em MT e vítima está cega
22 de Outubro de 2025 as 20h58Hospital Regional de Sinop promove conscientização sobre câncer de mama para servidoras
Ação é resultado de parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde e a Universidade Federal de Mato Grosso
22 de Outubro de 2025 as 14h30Prefeitura de Sinop leva vacinação e pesagem do Bolsa Família ao Residencial Nico Baracat neste sábado (25)
22 de Outubro de 2025 as 11h49SES promove captação de múltiplos órgãos no Hospital Regional de Sinop
Equipe de Cuiabá viajou para Sinop para realizar captação de dois rins e duas córneas, que vão salvar a vida de quatro pacientes
20 de Outubro de 2025 as 19h29Dia D de vacinação mobiliza unidades de Sinop e mais de 1,5 mil doses são aplicadas
20 de Outubro de 2025 as 14h01Pela primeira vez em 20 anos, número de fumantes cresce no Brasil
Proporção de adultos fumantes saltou de 9,3% para 11,6%
20 de Outubro de 2025 as 10h26AVC mata uma pessoa a cada seis minutos no Brasil
Custo hospitalar com internação foi de quase R$ 1 bi em seis anos
20 de Outubro de 2025 as 09h24