Votação obtida por Mauro Mendes é a maior da história

Em 40 anos de eleição para Governador, apenas um candidato teve um percentual levemente maior

O eleitor mato-grossense continua convicto quando o assunto é a escolha do seu governador. Em 40 anos de história a população escolheu o chefe do executivo estadual no primeiro turno. Desde a redemocratização, em 1982, quando o povo pode voltar a eleger seus governantes, foram 11 eleições, que no Mato Grosso foram decididas sem segundo turno.

A totalização do último domingo (2), deu à Mauro Mendes (União Brasil), o posto de governador mais votado da história. Ele somou 1.114.549 votos, ultrapassando a marca de Blairo Maggi, que na sua reeleição, em 2006, acumulou 922.765 votos. Em números absolutos, Maggi era o governador mais votado da história – posição agora ocupada por Mendes.

O volume de votos obtidos por Mendes também o coloca como segundo governador mais votado proporcionalmente. Ele recebeu o apoio de 68,45% dos votantes. O desempenho só fica atrás do lendário governador Dante de Oliveira, que no ano de 1994 obteve 471.104 mil votos – que na época correspondiam a 71,3% dos votos válidos. “Estou feliz demais por cada voto depositado em mim. Isso mostra que nossas ações nesses três anos e nove meses de gestão têm melhorado, de fato, a vida das famílias mato-grossenses. A nossa retribuição por esse voto de confiança será continuar com o trabalho sério e honesto que estamos fazendo e entregando ainda mais obras, ações e serviços públicos de qualidade para o povo de Mato Grosso”, comentou Mendes em suas redes sociais após a totalização dos votos.

Essa foi a terceira eleição que Mendes disputou para o governo do Estado. Em 2014 ele foi derrotado por Pedro Taques, eleito no primeiro turno com 833.788 votos – 57,2% do eleitorado. Em 2018 o atual governador derrotou Taques, que alçava a reeleição, fazendo 840.094 votos – 58,69% dos votos válidos.

40 anos, 8 governadores

O primeiro governador eleito por voto popular após o regime militar foi Júlio Campos, em 1982. Ele fez 203.605 votos, o que correspondia a 51,6%. Quatro anos depois, em 1986, Carlos Bezerra foi eleito com 394.786 votos – 65% do eleitorado. O controle do Estado voltou para família campos em 1990, com a eleição de Jaime Campos, eleito no primeiro turno com 401.005 votos – 66,8%.

Em 1994 surge Dante de Oliveira, que até hoje é o governador que obteve a maior aprovação percentual: 471.104 votos, 71,3%. Na eleição seguinte, já instituída a reeleição, Dante obteve mil votos a mais do que na anterior. Foram 472.409 votos. No entanto, nesse hiato o eleitorado mato-grossense cresceu e foi regularizado, de forma que mesmo com uma votação numérica maior, os votos obtidos por Dante em 1998 correspondiam a 53,9%.

A mais disputada de todas as eleições para o governo do Estado foi no ano de 2002. Blairo Maggi foi eleito no primeiro turno com 50,7% dos votos válidos – 618.740 votos nominais. Seu governo teve aprovação, levando o sojicultor a estabelecer um recorde na sua reeleição que duraria 16 anos. Em 2006 Maggi somou 922.765 mil votos – o que correspondia a 65,39% do eleitorado.

Maggi acabou abandonando o cargo, passando para Silval Barbosa, seu vice, que na campanha de reeleição, em 2010, montou um amplo palanque político que lhe conferiu 759.805 votos – 51,21% dos votos válidos, elegendo-o no primeiro turno.