Justiça torna réu agrônomo que matou esposa com 16 facadas enquanto ela dormia

A Justiça recebeu denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) contra o engenheiro-agrônomo Daniel Bennemann Frasson, 36, acusado de matar a esposa Gleici Keli Geraldo de Souza, 42, enquanto ela estava dormindo e em seguida, esfaquear a filha do casal, de 7 anos. O crime ocorreu nas primeiras horas da manhã do dia 24 de junho deste ano, na residência do casal em Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá).

O juiz Fábio Pettengill, da 2ª Vara Criminal de Lucas do Rio Verde, recebeu a denúncia do promotor de Justiça Samuel Telles. O processo está em segredo de justiça, mas a informação foi confirmada oficialmente. Quando o Judiciário aceita a denúncia formulada pelo Ministério Público, o denunciado passa à condição de réu e começa a responder a processo judicial. 

A partir de agora, deve ser iniciada ação penal contra o acusado, onde serão ouvidas testemunhas, realizados interrogatórios e outras provas, como perícias. Com base nos documentos apresentados, o juiz decidirá se o réu será pronunciado, ou seja, levado a julgamento pelo Tribunal do Júri, ou impronunciado, ou se haverá alguma outra decisão, como uma absolvição sumária ou a desclassificação do crime.

O caso

Laudo de necropsia apontou 16 lesões de faca no corpo de Gleici, além de constatadas 4 prováveis lesões de defesa, encontradas em seu antebraço e mão direita. Os machucados foram provocados, provavelmente, na tentativa da vítima escapar da morte.

A polícia informou que, assim que chegou, encontrou Gleici morta com diversas perfurações no corpo, sendo elas no tórax e no pescoço. Já a filha do casal, de 7 anos, foi socorrida por populares, também esfaqueada, e levada para uma unidade de saúde.

No dia do crime, Daniel ainda tentou contra a própria vida. Ele foi encontrado no chão da casa, com sangramento na altura do coração, mas foi socorrido e levado ao hospital, sobrevivendo.

Dias depois, o acusado recebeu alta hospitalar em Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá) e foi transferido ao Centro de Ressocialização de Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá). A filha do casal ficou dias internada em Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, e hoje vive com a irmã mais velha.