Rendimento médio
Renda média do trabalhador cresce 7% e chega a R$ 2.890 por mês, mostra IBGE
Em 2023, trabalhadores brasileiros recebiam, em média, R$ 2.890, maior nível desde 2020; brancos ganham 70% a mais do que pretos e pardos
Economia | 04 de Dezembro de 2024 as 13h 30min
Fonte: Noticias R7

O rendimento médio real mensal da população brasileira ocupada no trabalho principal chegou a R$ 2.890 em 2023, um aumento de 7,1% em comparação com o ano anterior. O resultado é o maior desde 2020, quando ficou em R$ 2.935.
Os dados são da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (4).
O levantamento mostra que a recuperação do mercado de trabalho ocorreu em todas as atividades. O setor de informação, financeiro e outras atividades profissionais é o que registrou maior salário médio (R$ 4.227). Já a menor remuneração média ficou com serviços domésticos (R$ 1.143).
Em 2023, 57,6% da população brasileira estava empregada, superando o patamar de 2019. No recorte por sexo, os homens alcançaram 67,9% de taxa de ocupação contra 47,9% para as mulheres.
Segundo o IBGE, embora a maior escolaridade das mulheres não seja suficiente para equilibrar a situação em relação aos homens, é uma característica “muito relevante” para assegurar a inserção feminina no mercado de trabalho.
No ano passado, o nível de ocupação das mulheres com ensino superior completo foi três vezes maior que o daquelas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto.
As pessoas idosas (com 60 anos ou mais) e os jovens (de 14 a 29 anos) seguiram apresentando níveis de ocupação mais baixos comparativamente aos demais grupos: 22,8% e 52,9%, respectivamente.
Brancos ganham 70% a mais do que pretos e pardos
A pesquisa mostra que a população ocupada de cor ou raça branca ganhava, em média, 69,9% mais do que a de cor ou raça preta ou parda e os homens, 26,4% mais que as mulheres. O IBGE destaca que os resultados indicam a existência de desigualdade estrutural, já que, salvo pequenas oscilações, essas diferenças foram encontradas em todos os anos de 2012 a 2023.
Atividades econômicas que, historicamente, apresentam os menores rendimentos médios (serviços domésticos, agropecuária e construção) são as que possuem, proporcionalmente, mais pessoas pretas ou pardas empregadas.
Desigualdade de rendimento
Em 2023, a população branca ocupada recebia rendimento-hora superior à população de preta ou parda em todos os níveis de instrução. A maior diferença ocorreu na categoria superior completo, em que brancos ganhavam R$ 40,2 por hora contra R$ 28,1 dos pretos ou pardos.
Considerando o valor total médio, a diferença foi de 67,7% favoravelmente à população branca (R$ 23) em relação à preta ou parda (R$ 13,70).
O recorte por sexo mostra que o rendimento-hora dos homens (R$ 18,80) foi superior em 12,6% ao das mulheres (R$ 16,70). Da mesma forma que na comparação por cor ou raça, a maior diferenciação ocorreu entre pessoas com nível superior completo, pois o rendimento médio dos homens (R$ 42,6) superou o das mulheres (R$ 30) em 41,8%.
Informalidade
A proporção de pessoas em ocupações informais se manteve estável em 2023 (40,7%). Segundo o estudo, 45,8% das pessoas ocupadas de cor ou raça preta ou parda trabalhavam em ocupações informais, enquanto entre as pessoas ocupadas brancas eram 34,3%.
Jovens ‘nem-nem’
O Brasil tinha, em 2023, 10,3 milhões de jovens (21,2%) que não estudavam e não estavam ocupados, o menor patamar e a menor taxa desde o início da série histórica, em 2012.
O estudo cita que a situação de atividade dos jovens está relacionada ao sexo. Os afazeres domésticos e os cuidados de parentes representam o principal motivo para as mulheres estarem nesta condição. Do total de jovens que não estudavam e não estavam ocupados, 65% eram mulheres (6,7 milhões) e 35%, homens (3,6 milhões).
Dos 10,3 milhões de jovens ‘nem-nem’, as mulheres de cor ou raça preta ou parda eram 4,6 milhões (45,2%), enquanto as brancas formavam menos da metade desse montante: 1,9 milhão (18,9%); os homens de cor ou raça preta ou parda eram 2,4 milhões (23,4%) e os brancos, 1,2 milhão (11,3%).
Notícias dos Poderes
Mais de R$ 29 milhões já foram pagos a aposentados de MT por descontos indevidos do INSS
Governo federal ressarciu 39 mil aposentados e pensionistas de Mato Grosso; adesão ao acordo segue aberta até novembro de 2025
23 de Outubro de 2025 as 11h00Banco do Brasil espera desembolsar R$ 20 bilhões em renegociações a juros livres
Na opção pré-fixada, os juros vão partir de 16,6% ao ano. Já a pós-fixada será a partir de CDI mais 2,9% ao ano
22 de Outubro de 2025 as 08h24Bets recuam e não vão judicializar bloqueio de beneficiários do Bolsa Família
Após fracasso da taxação por meio da MP alternativa ao IOF, bets abandonam ideia de levar bloqueio à Justiça
21 de Outubro de 2025 as 10h09Governo de Mato Grosso terá orçamento de R$ 40 bilhões em 2026
Do montante previsto, R$ 4,92 bilhões serão destinados a investimentos diretos, em infraestrutura, saúde, educação e segurança pública
21 de Outubro de 2025 as 09h23Mais de 200 mil famílias de Mato Grosso recebem o Bolsa Família a partir desta segunda-feira (20)
Cuiabá é o município com o maior número de famílias beneficiadas neste mês, com 36.531 atendimentos.
20 de Outubro de 2025 as 16h52Petrobras reduz preço da gasolina em 4,9% a partir de terça-feira
Com segunda queda no ano, valor acumula recuo de 10,3%
21 de Outubro de 2025 as 09h06Caixa começa a financiar imóveis de até R$ 2,25 milhões a partir de hoje com novas regras
Além da ampliação do teto, medida permite uso do FGTS em imóveis mais caros
20 de Outubro de 2025 as 13h05Mato Grosso prorroga isenção do IPVA para veículos novos até 2028
Benefício no primeiro emplacamento reduz carga tributária e estimula o setor automotivo estadual.
17 de Outubro de 2025 as 08h41